A asma é uma doença crônica inflamatória das vias aéreas. Quando essas vias são expostas a vários estímulos ou fatores desencadeantes tornam-se hiperreativas e obstruídas, limitando o fluxo de ar por conta da broncoconstrição, produção de muco e aumento da inflamação.
Sua prevalência, variável de acordo com o sexo e região, chega a quase 10% na população brasileira.
Esse quadro piora sobremaneira o sono levando a uma redução do tempo total e da fase N3. Na presença da AOS, o problema fica ainda mais grave.
Um dos artigos (ref. 1) traz uma ampla revisão de literatura onde os autores observaram que a coexistência das duas patologias é bastante comum. Isso pode estar relacionado à presença de condições comuns às duas doenças tais como: hipóxia intermitente, ativação do sistema simpático, inflamação, doenças nasais, tabagismo, obesidade, doença do refluxo gastroesofágico, dentre outras.
A presença da AOS em pacientes asmáticos varia de 19-60%, podendo atingir 95% em casos de asma grave.
Em outro estudo feito em 2023 (ref. 2) analisando quase 28.000 participantes, os autores recomendam que pacientes asmáticos sejam triados em relação à AOS.
O tratamento da AOS, normalmente feito com CPAP ou Aparelho Intraoral (AIO), favorece um melhor controle da doença brônquica. A asma pode também comprometer a força expiratória, o que dificulta ainda mais a adaptação ao CPAP. Outro problema é que em situações de crise asmática usar a máscara nasal e/ou oronasal pode ser desconfortável ou mesmo impossível. Nesse caso, o AIO se configura em uma boa opção.
